Queiroga diz que Ministério da Saúde só vai decidir sobre vacinação em crianças em 2022
Ministro da Saúde afirmou que é preciso "verificar a decisão da Anvisa na suas minúcias"
18/12/2021 15h50
O ministro Marcelo Queiroga afirmou neste sábado (18) que o governo só irá tomar uma decisão sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 apenas em 5 de janeiro.
"Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que as autoridades possam analisar a decisão da Anvisa em todas as suas nuances, inclusive em relação à aplicação dessas vacinas", afirmou Queiroga a jornalistas.
Declaração aconteceu um dia após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar um prazo de 48 horas para o governo federal se manifestar sobre a inclusão das crianças entre 5 e 11 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.
Segundo Queiroga, haverá uma audiência pública no próprio Ministério da Saúde em 4 de janeiro para tomar uma decisão sobre a imunização de crianças.
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Vale lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na última quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer para o público infantil.
De acordo com o ministro, a decisão da Anvisa não é o suficiente para autorizar a vacinação. "Não é suficiente porque você olha todas as políticas públicas que estão aqui no Ministério da Saúde e verifica todas as autorizações que a Anvisa fez em relação a medicamentos, a dispositivos médicos. Basta só ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que tá incorporado no SUS. São avaliações distintas", explicou.
Ainda segundo o chefe da pasta, é preciso "verificar a decisão da Anvisa na suas minúcias".
Resposta da Anvisa
No dia em que a Anvisa autorizou a vacinação para crianças, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu as afirmações de Queiroga sobre uma necessidade de uma "reanálise" sobre a campanha de imunização.
"Não trata-se apenas de uma decisão dos comitês técnicos da agência com seus mais de 20 anos de experiência. (...) As sociedades médicas (também) nos deram a segurança para promulgar a decisão que fizemos com base técnica, nada de política, nada de outras influências", declarou Barra Torres.
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