O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse nesta segunda-feira (20) que "a pressa é inimiga da perfeição" em relação à vacinação de crianças contra a Covid-19.
"O principal é a segurança. No ano de 2021, considerando o pico, onde houve 4000 óbitos, crianças de 5 a 11 anos, menos de 150 óbitos. Não que eu esteja menosprezando, cada vida é importante", afirmou o ministro à imprensa, em Brasília. "Os pais terão a resposta no momento certo, sem açodamento", acrescentou. Queiroga não explicou a origem desses números.
O ministro da Saúde também afirmou que não tomou conhecimento oficialmente do posicionamento da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), grupo de especialistas que aconselha a pasta, que foi favorável à vacinação infantil.
“A CTAI o que eu tenho notícia é uma nota que saiu na imprensa. É necessário que isso seja formalizado para o Ministério para que nós possamos tomar as melhores decisões”, argumentou Queiroga.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada uma versão da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. O governo Bolsonaro, porém, ainda não disse quando os imunizantes vão começar a ser aplicados.
Nesta segunda, Queiroga bateu boca com jornalistas que perguntaram sobre previsão de data de início da imunização do grupo. “Eu já disse a você. Não é imediato. Não tem isso de imediato. Aliás, porque não há premência para isso. Não. Claro que não. Tem que se fazer primeiro a análise técnica. E eu já expliquei para você aqui que em Portugal a aprovação se deu e só começaram a vacinar um mês depois”, declarou.
Um repórter, então, perguntou por que o país europeu já estava vacinando suas crianças e o Brasil não. O ministro rebateu: “Já. O que você acha? Se está me perguntando. Esse joguinho não adianta. A população brasileira confia em nós, estamos fazendo análise técnica, correta, certa. Você tem filho? Não tem. Quando tiver um filho de 5 a 11 anos, vai entender por que estou fazendo isso".
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