Os trabalhadores formais completaram três anos sem ganho real, que ocorre quando o aumento supera a inflação do período anterior, em 2021, de acordo com o boletim Salariômetro divulgado nesta quarta-feira (26) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O desemprego elevado, a alta na inflação e a atividade econômica sem grandes perspectivas dificultaram o reajuste salarial no ano passado. A variação mediana ficou negativa em 0,1%.

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De acordo com o levantamento, na média de 2021, somente 18,6% dos acordos firmados resultaram em aumentos maiores do que a inflação dos últimos 12 meses. Em comparativo, em 2019, ano anterior a pandemia da Covid-19, a porcentagem correspondeu a quase metade das negociações.

O Salariômetro ressaltou o aumento nos acordos e convenções que previam o pagamento escalonado dos índices de reajuste. A adoção de tetos para aplicação de reajustes também recebeu destaque na pesquisa.

Além disso, o piso salarial terminou em R$ 1.332 no ano passado. A variação foi de 4,5% em relação a 2020. Os benefícios fixos, como, por exemplo, vale-refeição e vale-alimentação, não apresentaram alteração.

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