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“A infância é um período curto da vida que é lembrada para sempre”, diz especialista

Educação NeuroConsciente aborda questões sobre inteligência emocional e importância dos pais serem um bom modelo para os filhos


26/01/2022 20h33

As fases da vida são responsáveis por moldar quem e como serão as pessoas, e a infância é considerada o principal período para formar um ser humano emocionalmente saudável.

Em entrevista ao site da TV Cultura, a especialista em Neurociência Comportamental Infantil e idealizadora da Educação NeuroConsciente, Telma Abrahão, explicou que a infância é um período curto da vida, mas que é lembrada para sempre. “Tudo o que a gente viver, aprender, se acostumar a ver e fazer irão virar padrões e crenças que serão reproduzidas ao longo da vida, e é lógico que podemos mudá-los, mas, é algo mais difícil”, destacou.

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Essa forma de educar traz autoconhecimento para os pais e aponta questões sobre inteligência emocional para que possam educar os filhos sem utilizar o autoritarismo e esperar a obediência cega. Sua origem nasceu da necessidade e do desejo de levar conhecimento para todas as pessoas que se relacionam ou desejam compreender mais sobre os impactos dessa fase.

“Está totalmente ligada a uma educação respeitosa, empática, com limites e disciplina que considere a etapa de desenvolvimento dela, o que ela pensa e sente”, destacou.

Segundo a especialista, o ser humano é a espécie de mamífero com o cérebro que demora mais tempo para amadurecer, o córtex pré-frontal – parte responsável pelo raciocínio e pensamento -, termina de amadurecer aos 25 anos de idade.

No livro “Pais que evoluem", que se tornou best seller no Brasil, lançado em mais de 10 países na versão em português e inglês, ela mostra que “educação neuro consciente é quando os pais tomam consciência de que são eles que precisam mudar o olhar para a criança e guiá-la nesse processo de amadurecimento, desenvolvimento e aprendizado diário que é a infância, e que para isso precisa ser um bom modelo para ela, especialmente de regulação emocional, de conseguir sentir raiva sem bater, gritar e ferir.

“Enquanto eu não fizer isso, eu não posso esperar que meus filhos possam lidar com o que eles sentem”, complementou.

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“Quando eu espero que uma criança entre dois a quatro anos faça exatamente o que eu quero, do jeito que eu mando e ela não obedece ou não faz, e quando repito mil vezes e ela continua a “errar”, é porque espero dela um comportamento que ela não pode ter”, expôs.

Ela ainda explicou que a crença de que a criança é maligna e que se não apanhar vai se tornar um ser humano ruim, precisa ser ressignificada, “É justamente o contrário, a violência que gera violência. O que torna o ser humano ruim é a falta de amor, de limites, conexão, bons exemplos”.

Atualmente, ela escreve o segundo livro, que também irá falar sobre essa forma de educação, mas de uma forma mais aprofundada, além de planejar lançar certificação neuroconscinte para profissionais que se envolvem com a infância.



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