O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou nesta quinta-feira (27) sobre o avanço da ômicron do coronavírus no Brasil. Segundo ele, a nova cepa da Covid-19 “não deve ser menosprezada”. A declaração foi realizada durante a 1ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite do ano de 2022.
"Somos desafiados por esse vírus que sofre variantes e hoje estamos diante de um novo desafio, a variante ômicron, que rapidamente se disseminou no mundo inteiro e que não deve ser menosprezada, apesar de sabermos que alguns casos são menos complexos dos que os causados pelas outras variantes", disse.
Queiroga ainda alertou para a pressão no sistema de saúde causado pelo aumento de internações de pacientes com Covid. O ministro acredita que o pico da ômicron deve acontecer em fevereiro, com base na comparação do comportamento da variante em outros países do mundo.
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"Pressão sobre o sistema de saúde já ocorre, como nós conhecemos. Pelo menos uma dezena de estados, nós já temos leitos de terapia intensiva ocupados em um percentual superior a 70%", afirmou.
Durante o evento, o chefe da pasta ainda afirmou que acredita que, após o pico, deve ocorrer uma queda rápida no número de casos.
“Entre o início da onda e o pico há uma média de 40 dias. Pelo que acontece em outros países, como na África do Sul, há uma queda rápida. Espero que no Brasil seja assim, não dá para cravar porque lidamos com a imprevisibilidade do vírus", completou.
Queiroga ressaltou que a vacinação “é, sem dúvida, a principal política pública para deter o caráter pandêmico da doença" e ressaltou a alta adesão à campanha, com mais de 75% da população vacinada com a primeira dose. "O perfil de vacinação nos faz acreditar que o impacto da ômicron no Brasil pode ser parecido com o que está acontecendo no Reino Unido, em Portugal, Espanha, onde os casos também explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos."
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados na última quarta-feira (26), o Brasil registrou 224.567 casos de Covid-19. Com os dados contabilizados ontem, a média móvel de casos dos últimos sete dias no país é de 159.877, a maior já registrada no Brasil.
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