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Reprodução/Unsplash
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Um protesto, no último sábado (29) na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro, foi realizado pela família de Moïse Kabamgabe. O ato aconteceu para solicitar informações e também denunciar a remoção de órgãos da vítima pelo Instituto Médico-Legal (IML).

A política investiga a morte de Moïse. Nascido no Congo, na África, trabalhava por diárias em um quiosque perto do posto 8. De acordo com a família, o responsável pelo quiosque e pelos pagamentos, estava devendo há dois dias para Kabamgabe, que ao cobrar o salário, foi espancado até a morte.

Corda, amarram ele junto com as pernas e mãos. A polícia veio depois de 20 ou 40 minutos”, afirmou o irmão da vítima, Djodjo Baraka Kabagambe, para o portal de notícias do G1.

A família saiu da África, em 2014, lutando contra a guerra e a fome. A mãe afirma que a violência foi incitada por racismo.

As agressões foram praticadas por cinco homens, durando cerca de 15 minutos, e foram gravadas pelas câmeras do quiosque. Segundo as testemunhas, foram usados pedaços de madeiras e um taco de baseball. O corpo foi encontrado em uma escada, amarrado e já morto. Os parentes souberam da morte apenas na terça-feira (23), após 12 horas do crime.

“Quando a notícia chegou até nós, fomos ao IML na terça de manhã e a gente já encontrou ele sem órgão nenhum, sem autorização da mãe, nem autorização dele de ser doador de órgão. Onde estão os órgãos? Nós não sabemos. Em menos de 72h ele foi dado como indigente. Infelizmente, a gente vive aqui, mas estamos na insegurança", contou a prima Faida Safi.

A Polícia Militar afirmou ter chegado no local depois do Samu e acionou a Divisão de Homicídios. A Polícia Civil afirmou ouvir testemunhas e segue analisando filmagens. Também negou a remoção dos órgãos pelo IML.

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A vereadora do Rio de Janeiro, Tainá de Paula, se pronunciou nas redes sociais sobre o ocorrido.

“O Rio de Janeiro é a 2ª cidade que mais recebe imigrantes no Brasil. Foi Xenofobia! Foi racismo! Justiça para Moises!”, afirmou Tainá em sua do Twitter.

Segundo o IBGE, dentro do Brasil, o Rio é a segunda cidade que mais recebe imigrantes. O Projeto de Lei 941/2021 inclui o Dia do Imigrante Africano no calendário do Rio, como uma tentativa de celebrar a vida daqueles que optaram por vir ao país.

“A valorização dos imigrantes africanos é a celebração da vida daqueles e daquelas que optaram por viver na Cidade do Rio de Janeiro que já foi palco do sequestro de aproximadamente dois milhões de africanos escravizados”, completou a vereadora.

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