O desmatamento em terras públicas federais da Amazônia sofreu um aumento alarmante desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Em nota, os pesquisadores constataram que a devastação do bioma foi 56,6% maior entre agosto de 2018 e julho de 2021 do que na comparação com o mesmo período de 2015 a 2018.
Dentre as regiões mais afetadas, o estudo apontou a divisa ‘Amacro’, que é compartilhada entre Amazonas, Acre e Rondônia, como a nova fronteira do desmatamento deste bioma. O estado do Amazonas está em segunda posição no ranking, perdendo apenas para o Pará, região mais crítica de perda da floresta, que domina o primeiro lugar desde 2017.
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“Estamos subindo degraus rápido demais quanto à destruição da Amazônia e não podemos nos acostumar com isso. Quando olhamos para os números dos últimos três anos, fica claro o retrocesso daquilo que o Brasil foi um dia. Seguimos um caminho totalmente oposto às atitudes que o planeta precisa, com urgência, neste momento”, afirmou Ane Alencar, diretora de Ciência no IPAM e principal autora do estudo, em nota.
As diretrizes para reverter a situação incluem o combate à grilagem e às invasões de terras que ocasionam degradação de patrimônio público visando benefícios privados. O estudo ainda reforça a necessidade de segurança territorial em áreas protegidas. A valorização da bioeconomia e a prática de linhas de financiamento, que integram a proteção e a assistência técnica à agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, também são medidas defendidas.
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