O escritor e jornalista Ruy Castro foi o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (7).
A jornalista Yasmin Santos perguntou sobre a perseguição que produtores do samba sofreram no início do século XX e quis saber a relação do estilo musical com a elite. Castro explicou os motivos da perseguição e como isso foi mudando ao longo dos anos.
“O samba, quando ainda nem era chamado de samba, teve uma certa perseguição nos anos 00 e 10 do século XX porque era associado a malandragem, macumba e a pobreza. Toda uma questão racista. Mesmo assim, já existia uma relação dos músicos com os poderosos. Um exemplo é a relação de Donga com Pinheiro Machado, um dos políticos mais poderosos do Brasil na época”, explicou o escritor.
O jornalista ainda explicou que o ápice da perseguição aconteceu durante o Estado Novo, quando o DOPS censurava canções referente a ‘malandragem’.
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Mas, Castro fez questão de ressaltar que o samba não surgiu nos morros cariocas e se tornou o estilo musical mais popular do Brasil por anos. “O samba nasceu no asfalto e seduziu os músicos do morro, que passaram a inventar novos instrumentos. E depois dos anos 1930, todas as rádios e gravadoras passaram a assimilar o samba de uma maneira fantástica”, disse o escritor.
Assista ao comentário completo:
Participaram da bancada de entrevistadores a jornalista Yasmin Santos, a jornalista da Folha de São Paulo Francesca Angiolillo, o diretor do canal “São Paulo Nas Alturas” Raul Juste Lores, Manuel da Costa Pinto, apresentador do Entrelinhas, programa da TV Cultura, e Paulo Werneck, apresentador do Podcast 451 MHz.
Assista ao programa na íntegra:
O Roda Viva vai ao ar toda segunda-feira às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.
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