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Fiocruz alerta Brasil de possível alta de mortes decorrente da ômicron

Aumento de mortes se dá principalmente em locais com baixa cobertura vacinal e poucos recursos para atendimento


11/02/2022 12h59

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam o Brasil de um possível aumento de mortes por conta da Covid-19, que eles chamaram de “espalhamento” da ômicron no país, principalmente em locais com baixa cobertura de vacina e poucos recursos de socorro na área da Saúde.

De acordo com os pesquisadores, a combinação pode resultar em aglomeração nos atendimentos hospitalares e dificultar o atendimento de doentes. Essa cepa da Covid-19 é mais contagiosa e resulta em uma maior quantidade de casos.

“Ratificamos a preocupação com o espalhamento da variante Ômicron em áreas de baixa cobertura vacinal no país e com recursos assistenciais complexos precários. São condições que podem propiciar a elevação do número de óbitos por Covid-19, mesmo considerando a menor agressividade da variante agora dominante”, afirmou a Fiocruz em nota.

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O parágrafo afirma que: “como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, ainda que a probabilidade de ocorrência de casos graves seja mais baixa”.

Cerca de nove estados estão com ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) em situações críticas. As mais preocupantes são as UTIs do Distrito Federal, seguidas de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.

“Precisamos avançar na vacinação e banir estratégias que vêm sendo empregadas para dificultá-la, especialmente na população de crianças de 5 a 11 anos”, completou a Fiocruz.

O passaporte vacinal é visto pela entidade como um estímulo à vacinação e também é crucial no controle da disseminação da Covid-19. Campanhas de distribuição e endurecimento do uso obrigatório de máscaras em locais públicos são necessárias.

Cerca de 27,1 milhões de pessoas testaram positivo para a doença no país, enquanto 636 mil morreram em decorrência da Covid-19. 152 milhões estão vacinados em esquemas de doses únicas ou de duas doses.

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