Bolsonaro se justifica por homenagem a soviéticos: "Soldado é simplesmente soldado"
O presidente prestou homenagem em um monumento que lembra as perdas humanas da Rússia na Segunda Guerra Mundial
17/02/2022 11h22
Após homenagear soldados soviéticos em Moscou, na Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se justificou pelas redes sociais e afirmou que “o marco é para relembrar as perdas humanas da URSS durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)”.
A Rússia fez parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que era comandada pelo Partido Comunista. O marco em que Bolsonaro estava foi inaugurado foi no fim de 1960, e os soldados que estavam sendo homenageados eram o braço do comunismo, presentes também na luta contra o nazifascismo.
Nas redes sociais, o presidente se tornou um alvo de memes, principalmente por ser um crítico ao comunismo.
Na manhã desta quinta-feira (17) o presidente fez uma publicação em suas redes sociais, com um vídeo da homenagem afirmando que “soldado é simplesmente soldado”.
Toda visita oficial de chefes de estado à Rússia vai ao túmulo dos soldados. Angela Merkel da Alemanha, ao visitar o túmulo em 2015, levou flores. A Alemanha foi o país derrotado na Segunda Guerra pela aliança da Rússia.
Além de Bolsonaro, outros presidentes brasileiros que visitaram a Rússia também levaram flores, entre eles Michel Temer.
O evento aconteceu no centro da capital russa no Jardim de Alexandre, em frente ao hotel Four Seasons, onde Bolsonaro e parte da comitiva ficaram hospedados.
O chefe do executivo deixou uma coroa de flores durante a cerimônia com folhas verdes, azuis e amarelas, na cor da bandeira do Brasil. O Hino Nacional brasileiro também foi tocado por uma banda de militares russos.
O presidente chegou ao local por volta das 9h e sem máscaras, junto de ministros e diplomatas. Entre eles estava o embaixador do Brasil na Rússia, Rodrigo Baena Soares. A cerimônia durou cerca de 10 minutos, e o presidente voltou a pé ao hotel.
Após o marco, Bolsonaro foi ao Kremlin para uma reunião com Vladimir Putin, o presidente da Rússia.
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