Augusto Aras pede arquivamento de inquérito contra Bolsonaro por vazamento de dados
Jair Bolsonaro divulgou dados de documentos sigilosos de um inquérito que não havia sido concluído em uma transmissão ao vivo
17/02/2022 20h59
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta quinta-feira (17) que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o inquérito que investiga um suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
O procurador Augusto Aras se manifestou após um pedido de Alexandre de Moraes. O ministro é relator do caso, e pediu, no último dia 14, que a PGR desse um parecer sobre a conclusão da Polícia Federal, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro agiu de maneira "direta e relevante" para gerar desinformação sobre o sistema eleitoral.
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Em agosto de 2021, Jair Bolsonaro divulgou dados de documentos sigilosos de um inquérito sobre ataques ao sistema do o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não havia sido concluído. O chefe do Executivo colocou o link do inquérito nas redes sociais.
Em um relatório encaminhado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo, a delegada da Polícia Federal (PF) Denisse Ribeiro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime pelo vazamento do inquérito sobre o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ela, houve "atuação direta, voluntária e consciente".
Além de Bolsonaro, a delegada aponta que também há indícios de crime na conduta do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, que é ajudante de ordens do presidente. Os dois participaram da live em rede social com o presidente.
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