Aras pede arquivamento de inquérito sobre suspeita de prevaricação de Bolsonaro no caso Covaxin
Segundo o PGR, não houve crime por parte do presidente da República
18/02/2022 19h42
O procurador-geral da República Augusto Aras pediu, nesta sexta-feira (18), o arquivamento do inquérito que investigava suspeitas de superfaturamento no processo de compra da Covaxin, vacinas indianas contra a Covid-19.
Prevaricação é um crime cometido contra a administração pública e ocorre quando um funcionário público, com conhecimento das irregularidades, deixa de comunicar suas suspeitas às autoridades.
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O inquérito apurava o conhecimento de Bolsonaro nas supostas irregularidades na compra da vacina. O procurador seguiu o mesmo entendimento do delegado da Polícia Federal William Tito Schuman Marinho, que afirmou que não identificou a conduta criminosa do chefe do Executivo.
No entendimento do delegado, a comunicação de crimes de órgãos não é de jurisdição do presidente da República.
As denúncias do caso foram levantadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), e seu irmão Luis Ricardo Miranda, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
É a primeira investigação concluída pela PGR originada pela CPI da Covid. O relatório foi entregue aos órgãos competentes em outubro de 2021. O presidente Jair Bolsonaro foi indiciado por nove crimes.
É o segundo arquivamento indicado por Augusto Aras contra o presidente nesta semana. Na última quinta-feira (17), o procurador pediu o arquivamento do inquérito que investiga um suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
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