O Ministério Público Federal (MPF) voltou a pedir nesta terça-feira (22) que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) seja condenado por corrupção passiva, perca o mandato que exerce e devolva R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Segundo o MPF, o crime aconteceu em 2017, quando Aécio ocupava o cargo de senador. O parlamentar é acusado de receber o dinheiro do empresário Joesley Batista. O caso foi enquadrado como corrupção passiva.
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"A propina, entregue em dinheiro vivo em quatro parcelas, foi levada dentro de malas de São Paulo até Minas Gerais. A maior parte dos pagamentos foi flagrada e filmada pela Polícia Federal durante as investigações", afirma o MPF.
A irmã de Aécio, Andrea Neves da Cunha, também responde na ação. Segundo as investigações, ela teria pedido dinheiro em nome do parlamentar inicialmente. Outras três pessoas foram denunciadas no processo.
Frederico Pacheco de Medeiros, primo do deputado, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do então senador Zezé Perrella teriam levado R$ 500 mil pelo transporte do mandante até Minas Gerais.
O órgão afirma que o pagamento de propina foi confirmado por Joesley Batista e por Ricardo Saud, ex-diretor da J&F. "Provas reunidas no processo confirmam que Aécio Neves reiterou pessoalmente o pedido de dinheiro feito antes por sua irmã. É o que mostra uma gravação realizada por Joesley em um encontro com o ex-senador, na qual o parlamentar combina a entrega das parcelas a seu primo Frederico de Medeiros", explica.
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