Pela primeira vez, tanto UNE quanto UBES são presididas por mulheres negras
Estação Livre mostrou a importância dos movimentos estudantis na política brasileira
11/03/2022 22h37
O Estação Livre desta semana teve edição voltada para a política no Brasil. O programa falou sobre a importância dos movimentos estudantis, que formam grandes nomes do meio, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
É a primeira vez que as duas entidades são presididas por mulheres negras. Elas conversaram com o Estação e contaram um pouco sobre a luta dos dois movimentos e também seus objetivos pessoais que possuem algumas semelhanças.
Rosana Barroso, presidenta da UBES, afirma que a entidade é a maior da América Latina, representando mais de 40 milhões de alunos. Ela conta que sua trajetória começou para ajudar a mãe, que deseja concluir os estudos.
“Eu conheci a UBES pesquisando por quem poderia representar minha mãe, uma empregada doméstica que sonha em terminar o ensino médio. A partir daí, junto com outros estudantes, me organizei na escola e formei o Grêmio Estudantil”, disse Rosana.
A presidenta da UNE, Bruna Brelaz, também iniciou suas lutas por causa da mãe, que proporcionou o acesso à educação para a ativista com muito esforço.
Ambas contaram um pouco mais da história da entidade que representa:
“A UNE tem 83 anos de idade, luta e história. Muitos parlamentares passaram por aqui, então, por mais que discordem das nossas atuações, são pessoas que respeitam e recebem a UNE de braços abertos”, explicou Bruna.
Já a UBES existe há 73 anos, segundo Rosana. A presidenta da entidade afirma que boa parte dos direitos conquistados para os estudantes tiveram ligação direta com o movimento. “Fomos nós que conquistamos o voto aos 16 anos, que derrubamos o Collor através do Caras Pintadas e que conquistamos políticas que democratizam o acesso ao ensino superior”, contou.
Veja a reportagem completa:
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Assista ao programa na íntegra:
O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura negra, a rica diversidade do Brasil e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos.
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