O Congresso do Peru aprovou nesta segunda-feira (14) a abertura de um processo que pode levar o impeachment contra presidente Pedro Castillo. A moção de destituição é similar às que resultaram nas saídas de Pedro Pablo Kuczynski, em 2018 e Martín Vizcarra, em 2020.
Nos sete meses que Castillo está no cargo, duas “moções de vacância” foram apresentadas contra ele. A primeira foi em dezembro de 2021, mas o Congresso rejeitou na época.
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Foram 76 votos a favor da moção, 41 contra e uma abstenção. O pedido foi liderado por 49 congressistas da maioria conservadora, que alega "incapacidade moral" de Castillo para ocupar o cargo.
Diante da aprovação, o presidente já pediu para comparecer ao Congresso nesta terça-feira (15) para apresentar uma mensagem à nação e explicar o contexto.
Acusação da oposição
Políticos opositores de Castillo acusam o atual presidente de corrupção de seu entorno e "traição à pátria" por se declarar aberto a um referendo para conceder uma saída ao mar à vizinha Bolívia, um país sem costa.
Castilho é professor rural e assumiu a presidência do Peru em 28 de julho de 2021 para um mandato de cinco anos. Ele também é alvo de críticas por falta de rumo do governo e criação de crises ministeriais.
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