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Pacheco diz que Petrobras tem “'função social” e critica mega-aumento de combustíveis

Estatal aumentou reajustou os preços do diesel e da gasolina na última semana


14/03/2022 16h54

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a criticar a Petrobras pelo aumento no preço dos combustíveis nesta segunda-feira (14). Pacheco afirmou que a estatal precisa ter "função social” no país. As declarações foram feitas durante um evento em Belo Horizonte (MG).

“A Petrobras tem hoje uma lucratividade na ordem de três vezes mais que suas concorrentes, dividendos bilionários. Óbvio que é muito bom que isso aconteça, mas não pode acontecer em prejuízo da população brasileira que abastece seus veículos ou que precisa de transporte coletivo”, disse.

A Petrobras reajustou os preços de gasolina, diesel e gás na última sexta-feira (11), após quase 2 meses de valores congelados nas refinarias. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

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Durante o discurso, o presidente do Senado cobrou que a Petrobras tenha mais participação nas soluções que envolvam a contenção na alta dos preços dos combustíveis.

“Nós vamos buscar exigir da Petrobras a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social”, completou.

Pacheco ainda comentou sobre o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. O general também foi alvo de críticas pelo aumento dos combustíveis. O senador disse que a “mudança” no cargo é uma responsabilidade do Executivo.

“Nós temos é que trabalhar com ideias, com sugestões, com iniciativas independentes de quem esteja no comando. Eu tenho absoluta convicção da retidão do general que preside a Petrobras, e o que nós esperamos dessa diretoria é que ela tenha a sensibilidade social de uma empresa que tem participação pública,

Não é a primeira crítica de Pacheco desde o reajuste. Na sexta, cobrou a colaboração da empresa e de agentes públicos para o enfrentamento do problema, que classificou como “muito nocivo para a economia nacional”.

“É inaceitável que o preço dos combustíveis esteja nesse patamar. Invoco a compreensão e a colaboração de todos. Do governo federal aos governos dos estados, passando sobretudo pela Petrobras. Todos têm que contribuir para que haja contenção do aumento de preços”, disse.

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