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Flickr/Ministério da Educação
Flickr/Ministério da Educação

O ministro da Educação Milton Ribeiro negou nesta terça-feira (22) que tenha beneficiado pastores e igrejas evangélicas em distribuições de recursos da pasta, conforme foi denunciado em reportagem do jornal Folha de São Paulo. Em nota à imprensa, ele contesta qualquer acusação.

“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, informou Ribeiro.

A informação sobre uma possível existência de um gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC) foi divulgada na última segunda-feira (21). Em áudios, o ministro disse priorizar a liberação de recursos da pasta para prefeituras que negociaram o repasse com o pastor Gilmar Santos, que não tem qualquer relação com o MEC. Na gravação, que ocorre em uma reunião entre o ministro da Educação e prefeitos, o pastor Arilton Moura também foi citado.

"Foi um pedido especial que o Presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro no áudio.

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Na nota, o ministro também nega que Bolsonaro tenha dado ordem direta para o pastor Gilmar indicar distribuições de verbas do MEC.

“Registro ainda que o presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem”, diz o ministro.

Ribeiro ainda ressaltou que todos os pedidos de recursos são encaminhados para avaliação das áreas técnicas do Ministério. "Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado", explicou.

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O ministro, que também é pastor, afirmou que sua formação religiosa não influencia na gestão da pasta. “Reafirmo meu compromisso com a laicidade do Estado, compromisso esse firmado por ocasião do meu discurso de posse à frente do Ministério da Educação”, completou.

Após a divulgação dos áudios, políticos de oposição e da base evangélica no Congresso pediram pedidos de esclarecimentos e acionaram autoridades para apurar os fatos.