Randolfe protocola pedido de impeachment de Ministro da Educação
O senador afirma que a medida se justifica pela necessidade de “impedir a obstrução da persecução penal, assim como a continuidade das condutas delitivas”
23/03/2022 19h09
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou, nesta quarta-feira (23), ao Supremo Tribunal Federal (STF), um protocolo com um pedido de impeachment contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O parlamentar pede o afastamento imediato do ministro.
Randolfe aponta que Milton Ribeiro cometeu crime de responsabilidade. "Em razão do cristalino cometimento de atos contra a probidade na administração (indicando, inclusive, ato que se amolda ao tipo penal de corrupção passiva, a ser processado na esfera criminal própria), contra a lei orçamentária e contra a guarda e o legal emprego do dinheiro público”, afirmou Randolfe.
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As suspeitas são de que o ministro priorizou a liberação de verbas para prefeituras a partir da indicação de dois pastores.
O áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministério prioriza liberação de recursos da pasta para prefeituras que negociaram com os dois pastores que não possuem cargos no Ministério da Educação (MEC).
O senador argumenta que a medida se justifica pela necessidade “impedir a obstrução da persecução penal, assim como a continuidade das condutas delitivas”.
"Com efeito, o fato de o Governo Federal aparentemente priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC é um acinte dentro de um estado que se diga Republicano e de Direito, que não deveria guardar preferências senão aquelas puramente apontadas pela técnica e pelo melhor interesse público", escreveu.
"Não se pode admitir que o Ministro da Educação - seja ele o oficial ou o “paralelo” - transforme um dos Ministérios mais relevantes para o futuro do País e de maior peso orçamentário em um verdadeiro balcão de negócios. Os fatos evidenciam uma verdadeira negociata espúria em troca da destinação de verbas públicas", completou.
O pedido foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.
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