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Mancha de poluição do Rio Tietê diminuiu 40% em um ano

Parte mais suja da água se concentra na capital paulista


25/03/2022 22h10

O Estação Livre desta sexta-feira (25) aproveitou o Dia Mundial da Água, celebrado no último dia 22, para exibir uma edição especial sobre os recursos hídricos e políticas públicas do governo voltadas para este tópico.

O programa conversou bastante sobre o projeto de despoluição dos rios que cortam São Paulo, como o Rio Tietê, onde o governo paulista trabalha desde 1992. A última medição mostrou que entre 2020 e 2021 a mancha de poluição diminuiu 40%, o que corresponde, em números, a uma diminuição de 380 km, como contou o biólogo Ivan Munhoz em entrevista ao Estação.

Ivan é gestor de projetos socioambientais e explicou que o Rio Tietê possui características únicas, isso porque ele nasce próximo ao mar e vai de encontro à região oeste de São Paulo.

“Ele faz o caminho inverso. Nasce a apenas 22 km do oceano, onde todo rio deságua, mas devido à serra do mar ele corre mais de 1100 quilômetros, até desaguar no Rio Paraná”, disse.

O biólogo também contou que a poluição começa em Mogi Guaçu (SP) e tem a zona mais crítica na região metropolitana de São Paulo. Ao passar esse trecho, o rio vai se limpando naturalmente.

“Isso acontece por causa do descarte de efluentes, ou seja, o esgoto. Toda vez que chove, esse lixo cai nas águas através de vias que estão abaixo de nós e acaba indo para o Rio Tietê ou Rio Pinheiros”, afirmou.

Para Ivan, existe um resultado positivo no tratamento desse esgoto.

“Até o ano passado, nós tivemos uma diminuição da mancha de poluição de 530 para 150 quilômetros, na região metropolitana. Entretanto, nós precisamos aumentar a rede de coleta e a rede de tratamento”, completou o biólogo.

Veja a reportagem completa:

Leia também: “Água não é tudo igual”, afirma sommelier ao Estação Livre

Assista ao programa na íntegra:

O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura negra, a rica diversidade do Brasil e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos.

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