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Divulgação / Polícia Civil RJ
Divulgação / Polícia Civil RJ

Dois dias após a morte do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, em fevereiro de 2020, uma das irmãs dele acusou o Palácio do Planalto de oferecer cargos em troca do assassinato dele. A declaração foi obtida pelas autoridades por meio de uma interceptação e divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (6).

Nóbrega foi morto em uma operação policial na Bahia e foi acusado de ser um miliciano no Rio de Janeiro. Além disso, ele estava nas investigações das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia?”, disse Daniela da Nóbrega.

A gravação faz parte das escutas realizadas pela polícia no âmbito da Operação Gárgula, que focaram no esquema de lavagem de dinheiro e estrutura da fuga de Nóbrega. Por mais de um ano, as autoridades ouviram conversas de familiares, amigos e comparsas do ex-policial.

Vale ressaltar que a irmã não é acusada de envolvendo nos crimes do irmão. A fala aconteceu em um conversa com uma tia após a morte dele.

Em uma outra interceptação, uma outra irmã, chamada Tatiana, afirmou que a ordem de matar teria sido de Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro. “Foi esse safado do Witzel, que disse que se pegasse era para matar. Foi ele”, acusou.

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Além disso, Tatiana alegou que as acusações de Adriano ser um miliciano era somente para ligá-lo a Jair Bolsonaro, mas ele era “apenas um bicheiro”.

A Folha procurou o Palácio do Planalto e a defesa das irmãs de Adriano, mas ninguém se manifestou sobre as acusações.

Relação de Adriano da Nóbrega com os Bolsonaro

A ligação entre Nóbrega e integrantes da família Bolsonaro é antiga. Em 2005, quando Jair era deputado, ele fez um discurso no plenário da Câmara para criticar a condenação de Adriano por homícidio e o chamou de “brilhante oficial”.

Com Flávio Bolsonaro, a relação era mais profunda. Duas parentes de Adriano trabalharam no gabinete da Alerj do filho do atual presidente. Tratam-se da mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e de Danielle Mendonça da Costa, ex-esposa dele.