O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas. O órgão abriu um processo a partir da representação do deputado federal Elias Vaz (PSB) e do senador Jorge Kajuru (Podemos).
A suspeita é de que a compra dos medicamentos possa ter um superfaturamento de até 143%. O relator do caso é o ministro Weder de Oliveira.
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De acordo com dados do Portal de Transparência e do Painel de Preços do governo federal, as Forças Armadas autorizaram a compra de 35.320 unidades de Citrato de sildenafila, medicamento para tratamento de disfunção erétil.
O Viagra, como é conhecida a patente mais famosa do remédio, foi destinado em sua maioria para a Marinha, com 28.320 unidades, seguido pelo Exército, com 5 mil, e Aeronáutica, com 2 mil comprimidos.
A informação foi levada a público graças ao deputado federal Elias Vaz (PSB), que apresentou as licitações de compra e pediu para o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, explicações a respeito disso.
O Ministério da Defesa argumentou que os remédios servem para "hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar".
Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (13) a polêmica que envolve as Forças Armadas do Brasil e 35 mil unidades de sildenafila, medicamento conhecido como Viagra e utilizado para o tratamento de disfunção erétil.
De acordo com o presidente da República, a compra foi feita para “combater a hipertensão arterial e, também, as doenças reumatológicas”. Sobre as milhares de unidades do remédio, ele afirmou que, “com todo o respeito, isso é nada”.
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