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Reprodução/Instagram @thyarapataxo
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O dia 19 de abril foi marcado como data de comemoração da cultura nativa. O termo "índio", que teve origem colonizadora, hoje é entendido por outra termologia, que é reafirmada pelos próprios nativos. Em entrevista ao Roda Viva, a ministra Sonia Guajajara reforçou a importância do termo “povos indígenas” após a repórter da bancada Helena Corezomaé citar a mudança de nome da Funai para Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

A origem da data remete a um protesto dos povos indígenas do continente americano ainda na década de 1940, quando um congresso organizado no México se propôs a debater medidas para proteger os indígenas no território. O Congresso Indigenista Interamericano, realizado em Patzcuaro, aconteceu entre os dias 14 e 24 de abril de 1940.

Em princípio, os representantes indígenas haviam se negado a participar do evento, achando que não teriam voz ou vez nas reuniões, que seriam comandadas por líderes políticos dos países participantes. Os nativos fizeram um boicote nos primeiros dias, mas justamente no dia 19 de abril, decidiram aparecer no congresso para tomar parte nas discussões.

"Por este motivo, o dia 19 de abril é considerado por nós, como uma data de resistência e luta", comenta Thyara Pataxó, liderança indígena em redes. “A maioria da sociedade ainda nos chama de ‘índios’ de uma forma pejorativa, depreciativa e chegando até a ser racista”, afirma. “É importante que as pessoas entendam que nós temos costumes, culturas e tradições diferentes”, explica a ministra Sonia Guajajara

Foi por conta disso que a data escolhida para celebrar o "dia do índio". Não foram todos os países que adotaram a data como dia de celebração da cultura indígena e, no Brasil, ele também levou tempo a ser oficializado, já que o país não aderiu às deliberações do congresso.

Em sua conta no Twitter, a liderança Thyara Pataxó, fez um aparato no último ano, explicando sobre a data e levantando algumas curiosidades. A ativista comenta como o termo "índio" é equivocado, já que, foi utilizado durante os anos de ditadura militar como forma de desapropriar a cultura indígena e camuflar o desmatamento.

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