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“Lavagem de alma”, diz Lula sobre relatório da ONU contra Moro

Comitê da ONU apontou que a Operação Lava Jato, comandada pelo ex-juiz, violou diversos direitos do petista; Moro contesta


28/04/2022 21h09

O ex-presidente Lula se pronunciou nesta quinta-feira (28) sobre o relatório de um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a atuação do ex-juiz Sergio Moro durante processos da Operação Lava Jato. A declaração foi realizada em Brasília, o petista disse que a decisão representa "lavagem de alma" para ele.

"Hoje eu estou alegre. Esta decisão da ONU, para mim, foi uma lavagem de alma extraordinária", afirmou Lula.

Leia mais: Moro rebate relatório da ONU sobre caso de Lula e culpa “erro judiciário do STF”

Segundo a conclusão das Nações Unidas, os atos de Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz e ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro, também não levaram em consideração a presunção de inocência do político, direito básico de qualquer réu em julgamento.

“Embora os Estados tenham o dever de investigar e processar os atos de corrupção e manter a população informada, especialmente em relação a um ex-chefe de Estado, tais ações devem ser conduzidas de forma justa e respeitar as garantias do devido processo legal”, afirma Arif Bulkan, membro do comitê.

Nesta quinta, Moro se defendeu da conclusão do relatório. Em nota, o ex-ministro afirmou que houve “erro do Supremo Tribunal Federal” ao anular os processos contra o ex-presidente Lula.

O ex-juiz ainda afirmou que não houve interferência ilegal dele no caso. "Também é possível constatar, no relatório do Comitê da ONU, robustos votos vencidos que não deixam dúvidas de que a minha atuação foi legítima na aplicação da lei, no combate à corrupção e que não houve qualquer tipo de perseguição política".

“De todo modo, nem mesmo o Comitê nega a corrupção na Petrobras ou afirma a inocência de Lula. Vale destacar que a condenação do ex-presidente Lula foi referendada por três instâncias do Judiciário e passou pelo crivo de nove magistrados. Pode-se perceber que suas conclusões foram extraídas da decisão do Supremo Tribunal Federal do ano passado, da 2ª turma da Corte, que anulou as condenações do ex-Presidente Lula”, completou.

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