O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou um evento oficial do governo neste sábado (3) para convocar aliados para as manifestações no próximo domingo (1º). Em discurso em Uberada (MG), pedir para os brasileiros irem as ruas e mostrar que o “Brasil está no caminho certo”.

"[Aqueles] que, porventura, irão às ruas amanhã, não para protestar, mas para dizer que o Brasil está no caminho certo. Que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição. E dizer que não abrimos mão da nossa liberdade”, disse o presidente.

Bolsonaro marcou presença na Expozebu, maior evento da pecuária no país. O evento consta da agenda oficial do presidente e teve transmissão ao vivo pela TV Brasil, do governo federal.

Os atos têm como pauta a defesa da liberdade de expressão, apoio ao deputado Daniel Silveira, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques a Corte e incentivo a atos antidemocráticos, e ataques contra a Corte. 

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Aliados do presidente defendem que ele não participe dos atos por temor de discursos radicalizados que possam acentuar a crise entre os Poderes.

Neste domingo estão previstas mobilizações em ao menos cinco capitais: Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Organizadores não confirmaram a presença do presidente nos atos, principalmente em Brasília, que acontecerá em frente ao Congresso.

Volta da tensão entre poderes

A temperatura entre Executivo e Judiciário voltou a subir nas últimas semanas. Na última sexta-feira (30), o presidente disse que não quer peitar a corte, mas afirmou que ela cometeu excesso.

Os ministros do STF responderam defendendo as urnas e as instituições democráticas e se posicionando contra pressões políticas na corte.

A Expozebu

Esse foi mais um evento do presidente com tom eleitoral. Além de Bolsonaro, a Expozebu também contou com as presença de Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao Governo de São Paulo, e o general Braga Netto, que deve ser vice de Bolsonaro.

O governador Romeu Zema (Novo/MG) foi recebido com aplausos e, ao iniciar seu discurso, pediu uma salva de palmas a Bolsonaro.