Após fala de Bolsonaro, Fachin diz que processo de votação é “seguro e transparente”
Declaração foi realizada na abertura da reunião do Observatório da Transparência das Eleições
02/05/2022 18h05
O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta segunda-feira (2) que o processo eleitoral com urnas eletrônicas é seguro, transparente e auditável. A declaração aconteceu na abertura da reunião do Observatório da Transparência das Eleições.
O grupo colabora com a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e com o Tribunal Superior Eleitoral. A parceria tem como objetivo aumentar as informações sobre o sistema eleitoral para o público.
“O Brasil tem eleições íntegras; o voto é secreto e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável; e que são imprescindíveis paz e segurança nas eleições porquanto não há paz sem tolerância e sem respeito mútuo”, afirmou o ministro.
A declaração de Fachin acontece após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que as Forças Armadas sugeriram, ao TSE, uma contagem paralela de votos feita por militares nas eleições.
De acordo com o ministro, atacar Justiça Eleitoral é atacar a própria democracia.
"O Tribunal Superior Eleitoral avança com passos firmes em direção ao cumprimento da sua missão de diplomar as eleitas e eleitos das futuras eleições gerais não apenas porque fazemos bom uso de recursos tecnológicos. Antes, o nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e de que atacá-la equivale a atacar a própria democracia. O TSE norteia-se por premissas técnicas, mas elas estão imbricadas às premissas democráticas inafastáveis, inegociáveis, que nos animam”, disse.
"Apelo a todos e a todas por paz e segurança nas eleições. É hora de ficar dentro das balizas dos limites e das possibilidades fixadas pelos Poder Legislativo. Foram ultrapassados os marcos temporais para inovações. Peço apoio deste Observatório para cumprirmos a lei, com ordem e tranquilidade", acrescentou o ministro.
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