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Flickr/Câmara Municipal de São Paulo
Flickr/Câmara Municipal de São Paulo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as empresas de aplicativo que trabalham na Câmara Municipal de São Paulo foi interrompida nesta terça-feira (3) após uma declaração racista. A frase teria sido proferida pelo vereador Camilo Cristófaro (PSB).

“Varrendo com água na calçada... é coisa de preto, né?”, disse a voz do vereador no plenário.

Cristófaro estava participando da audiência por meio de uma vídeo chamada e não estava presente no plenário da Câmara. Como não era a vez dele falar, sua imagem não estava aparecendo no telão da sessão. 

A fala vazada aconteceu logo no início da sessão que ouvia a ex-CEO da empresa Uber, Claudia Woods, e o sócio da empresa de motofrete THL, Thiago Henrique Lima.

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Quando a CPI retomou os trabalhos, a Vereadora Luana Alves (PSOL), que é negra, afirmou que o vereador foi extremamente racista.

“Infelizmente nós temos a sessão completamente tumultuada por um áudio que tem a voz do vereador Camilo Cristófaro, que acaba de proferir uma frase extremamente racista. Eu queria não acreditar que essa fala existiu, mas infelizmente existiu. Conversamos ali atrás, queria pedir à secretaria da Mesa das notas taquigráficas. Ficará registrado. Ficou acordado que todos aqui são testemunhas para todas as ações que venham a ocorrer se ficar comprovado que é do vereador Camilo Cristófaro, como parece ser”, disse Luana.

O gabinete da vereadora disse que entrará com representação na Corregedoria para que Cistófaro seja investigado.

O vereador ainda não se manifestou sobre a declaração.