No Linhas Cruzadas desta semana, Thaís Oyama e Luiz Felipe Pondé conversaram sobre a relevância dos escritores russos e sobre a cultura russa de um modo geral.
Respondendo a perguntas do público, Pondé comentou as características dessa população, dividindo em três pontos principais: sofrimento, ironia e ceticismo.
“A Rússia tem uma sociedade extremamente violenta, onde existe uma desigualdade social há muito tempo, um regime extremamente violento, inclusive do ponto de vista do Estado. Isso demanda uma certa ironia para que você sobreviva a uma situação que não tem como sair”, afirmou o filósofo.
Ainda de acordo com ele, essas características não deveriam surpreender mais as pessoas.
“Eu acho engraçado quando saem notícias de que na Rússia tinha gente denunciando gente e que existiam mecanismos de controle sobre as pessoas. A Rússia sempre foi assim, um regime totalitário, um sistema paranoico que empurrou a reflexão para a literatura, onde os sensores (de controle) sendo burros não entendiam”, explicou.
Para Pondé, essa realidade faz com que os cidadãos russos desacreditem de tudo, os tornando céticos.
Veja o trecho completo:
Leia também: Pondé critica cancelamento de obras russas: “Muita gente que trabalha com cultura é burro”
Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
REDES SOCIAIS