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Reprodução/Flickr Ibama
Reprodução/Flickr Ibama

A Hutukara Associação Yanomami (HAY), uma das principais organizações de defesa do povo indígena, divulgou um comunicado nesta sexta-feira (6) listando os casos de abuso e violência por garimpeiros desde 2017 em Aracaçá, em Roraima.

No topo dessa lista está a denúncia da morte de uma menina de apenas 12 anos após ser estuprada por um garimpeiro.

Segundo a HAY, foram recolhidos depoimentos que mostram a realidade no território com "reiterados casos de violência sexual em série".

"As informações obtidas até o momento confirmam o cenário desolador vivido pela comunidade a partir das relações impostas pelo garimpo, com reiterados depoimentos de violência sexual em série", diz o comunicado.

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A associação cruzou dados oficiais com “episódios narrados” pelos próprios yanomamis dos últimos cinco anos. O primeiro caso relatado aconteceu em 2017, quando garimpeiros mataram um homem na faixa etária de 40 a 59 anos com uma arma de fogo.

O homem teria sido morto em uma briga "fomentada pela distribuição de cachaça por garimpeiros aos indígenas".

A HAY também levantou casos onde mulheres foram obrigadas a se prostituírem. Uma delas é a filha do homem morto em 2017. “Ela era explorada sexualmente por garimpeiros, por vezes sendo obrigada a manter relações sexuais com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Ela perdeu nesse período um bebê, que morreu por traumatismo intercraniano”, diz outro trecho do comunicado.

A associação defende uma apuração ampla dos casos de violência e do garimpo ilegal. Além disso, eles explicam que na tradição Yanomami, quando há mortes trágicas envolvendo um deles, o corpo e os pertences dos mortos são todos incinerados.

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