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Foram inúmeras as catástrofes deixadas pela guerra, que completa exatos 100 dias nesta sexta-feira (2). Desde então, foram milhares de mortos, diversas sanções à Rússia e inúmeras tensões entre países do leste europeu. Por isso, o site da TV Cultura separou os principais acontecimentos do conflito.


Início do Conflito

Em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin anuncia uma "operação militar" para defender as "repúblicas" separatistas do Donbass no leste ucraniano, cuja independência tinha acabado de reconhecer unilateralmente. As forças terrestres russas então penetram no território ucraniano.

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No dia 26, o exército russo recebe a ordem de intensificar a ofensiva. A União Europeia anunciou a primeira compra e entrega de armas à Ucrânia. Os ocidentais aplicam sanções econômicas contra a Rússia cada vez mais rígidas.

Negociações

Ainda em fevereiro, no dia 28, Moscou e Kiev iniciam negociações. Vladimir Putin exige o reconhecimento da Crimeia como território russo, um "status neutro" para a Ucrânia e sua "desnazificação". Moscou busca há meses garantias de que Kiev jamais integrará a Otan.

Em 2 de março, tropas russas chegam a Kharkiv (norte), segunda maior cidade do país. Ao sul, Kherson, próxima da Crimeia, fica sob controle russo.

No dia 8, o presidente americano, Joe Biden, decreta um embargo sobre o gás e o petróleo russos. Dois dias depois, os líderes dos 27 países-membros descartam uma rápida adesão da Ucrânia à UE, exigida pelo presidente Volodimir Zelensky, ao mesmo tempo em que abrem as portas para estreitar os laços.

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Rússia cerca Mariupol

No dia 21, Bruxelas denuncia "um grande crime de guerra" em Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov. Dezenas de milhares de pessoas estão presas lá. Uma maternidade, depois um teatro onde os civis estão abrigados são bombardeados.

No dia 24, a Otan decide equipar a Ucrânia contra a ameaça química e nuclear e reforça suas defesas em seu flanco leste. No dia seguinte, Moscou anuncia que estava se concentrando na "libertação do Donbass".

Tomada de Kiev

Em 2 de abril, a Ucrânia anuncia ter retomado o controle da região de Kiev após a retirada das forças russas, que se deslocam para o leste e o sul do país. 

Em diversos locais próximos de Kiev, como Bucha, a descoberta de dezenas de cadáveres de civis provoca forte reação internacional. Ainda no mês de abril, no dia 8, um bombardeio da estação de trem de Kramatorsk (leste) deixa 57 mortos.

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Ucrânia se candidata a Otan

Em 3 de maio, forças russas e pró-russas lançaram um "poderoso ataque" contra a siderúrgica Azovstal.

No dia 8, sessenta pessoas foram dadas como desaparecidas após o bombardeio de uma escola na região de Luhansk. No dia 18, Suécia e Finlândia apresentam seus pedidos de adesão à Otan.

Em 19 de maio, o Congresso americano libera US$ 40 bilhões para apoiar o esforço de guerra ucraniano. No dia seguinte, o G7 promete US$ 19,8 bilhões de dólares para ajudar Kiev.

Embargo do petróleo russo

Os líderes da UE chegam a um acordo no dia 30 para reduzir as importações de petróleo russo em cerca de 90% até o final do ano.

Depois de impor a mesma medida à Finlândia, Bulgária e Polônia, a russa Gazprom suspende suas entregas de gás para a Holanda no dia 31, diante da recusa de pagamento em rublos.

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