O presidente da Argentina, Alberto Fernández, cedeu à pressão de sua vice-presidente, Cristina Kirchner, ao demitir na noite do último sábado (4) o ministro do Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas, que será substituído por Daniel Scioli, atual embaixador no Brasil.
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A demissão de Kulfas, foi decidida depois que alguns jornalistas receberam um informe afirmando que "funcionários de Cristina" teriam montado sob medida para a Techint a licitação para fornecimento de suprimentos essenciais para o Gasoduto Néstor Kirchner, destinado a transportar a produção do campo de Vaca Morta, na Patagônia.
Declarações semelhantes foram dadas por Kulfas em entrevista a uma rádio. A sugestão de corrupção na licitação do gasoduto pela estatal Energía Argentina, controlada pelos kirchneristas, atiçou as tensões entre o presidente e sua vice.
Daniel Scioli, que assumirá o Ministério do Desenvolvimento Produtivo, foi nomeado embaixador no Brasil por Fernández em 2019 com a tarefa de aparar as relações entre os dois governos, dada a animosidade entre o presidente argentino e seu colega brasileiro Jair Bolsonaro.
Em entrevista em maio ao GLOBO, Scioli disse que sua gestão da embaixada foi reconhecida na Argentina, onde é cotado para disputar a Presidência em 2023 ou para ser vice de Fernández se o presidente concorrer à reeleição.
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