O esboço do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, coloca como propostas revogar o teto de gastos e a reforma trabalhista, além de defender o papel das empresas estatais na promoção do desenvolvimento. O documento possui 17 páginas e 90 pontos abordados.
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O texto se opõe à privatização da Petrobras, da Eletrobras e dos Correios, além de criticar a "orientação passiva" na política cambial, quando aborda a "volatilidade da moeda brasileira". Ainda é necessária a aprovação dos seis partidos aliados, PSB, PCdoB, PV, Psol, Rede e Solidariedade.
O texto defende um fortalecimento dos bancos públicos e das empresas estatais em geral na promoção do desenvolvimento.
“Será necessário proteger o patrimônio do país e recompor o papel indutor e coordenador do Estado e das empresas estatais para que cumpram, com agilidade e dinamismo, seu papel no processo de desenvolvimento econômico e progresso social do país.”
"Reduzir a volatilidade da moeda brasileira por meio da política cambial também é uma forma de amenizar os impactos inflacionários de mudanças no cenário externo. A orientação passiva para a política cambial dos últimos anos acentuou a volatilidade da moeda brasileira em relação ao dólar com consequências perversas para o índice de preços", diz o documento.
A proposta ainda sugere a construção de uma nova legislação trabalhista e que o plano de governo incluirá a "valorização do salário-mínimo e a recuperação do poder de compra". O texto também fala em "recolocar os pobres e os trabalhadores no orçamento" e, com isso, será preciso "revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro".
"Nosso horizonte é a criação de um projeto inovador e portador de futuro, que será apresentado ao povo como o caminho para a construção de um Brasil para todos os brasileiros e brasileiras", diz o material.
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