Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador no domingo (13). Com mais de 90% das urnas contadas, o atual presidente aparece à frente da esquerdista Luisa González por mais de um milhão de votos, uma diferença de 12 pontos percentuais (56% contra 44%).
Marcada por uma disputa acirrada, a corrida eleitoral foi realizada com a convocação de quase 13,7 milhões de habitantes, em meio a tensões causadas pela violência ligada ao tráfico de drogas.
González não reconhece os resultados e diz que exigirá uma recontagem: "Recuso-me a acreditar que um povo preferiria mentiras em vez da verdade, violência em vez de paz e unidade".
A votação foi encerrada às 19h (horário de Brasília), e ocorreu sem incidentes de segurança. A eleição registrou quase 84% de participação dos eleitores, segundo Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral.
Leia também: Ataque russo deixa pelo menos 34 mortos em Sumy, na Ucrânia
Os candidatos terminaram o primeiro turno praticamente empatados, com uma diferença de 0,17% a favor da oposição. Nas pesquisas de intenção de voto, ambos estavam com porcentagem semelhante. A empresa Comunicaliza deu a Noboa 50,3% dos votos válidos e a González 49,7%, enquanto a Telcodata apontava uma vitória da candidata de esquerda com 50,2%, contra 49,8% do atual presidente. Ambas as projeções estão dentro da margem de erro.
No sábado (12), o político decretou estado de exceção, por 60 dias, em sete das 24 províncias, assim como em Quito e no sistema prisional, sob argumento da ameaça do tráfico de drogas no país.
González, uma advogada de 47 anos, do partido Revolução Cidadã, aspira a ser a primeira mulher eleita presidente nas urnas. Noboa, um empresário milionário de 37 anos, da Ação Democrática Nacional (ADN), busca governar por mais quatro anos após vencer uma surpreendente eleição antecipada em 2023.
REDES SOCIAIS