O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou na tarde desta terça-feira (7) a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a decisão do ministro Kássio Nunes Marques de devolver o mandato ao deputado estadual Fernando Francischini (União-PR).
Em outubro, o TSE cassou o mandato de Francischini por disseminar fake news sobre urnas eletrônicas nas eleições de 2018. No dia da eleição presidencial, ele realizou uma live nas redes sociais em que dizia, sem provas, que a urna eletrônica estava fraudada.
Em tom indignado, o presidente comentou a decisão no Palácio do Planalto durante o lançamento do Programa Brasil pela Vida e pela Família.
“Aqui do outro lado, uma turma do Supremo Tribunal Federal, por 3 a 2, manteve a cassação de um deputado acusado em 2018 por espalhar fake news. Esse deputado não falou fake news, porque o que ele falou na live eu também falei para todo mundo, que estava havendo fraude nas eleições de 2018. Eu não vou viver como um rato, tem que haver uma reação”, disse.
Edson Fachin, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski se manifestaram contra a decisão de Nunes Marques. André Mendonça foi o único a seguir o entendimento de Nunes Marques, ambos foram indicados ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
O chefe do Executivo ainda criticou, diretamente, o ministro Edson Fachin e relembrou que o magistrado convidou embaixadores de outros países para o acompanhamento do sistema eleitoral.
“A política externa é minha e do ministro França e ele [Fachin] convida em torno de 70 embaixadores, e eles vão lá dentro do TSE. E ele, de forma indireta, ataca o presidente da República”, afirmou Bolsonaro.
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