Durante participação na Cúpulas das Américas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a política ambiental adotada no país. Segundo o mandatário, nenhum país possui legislação ambiental “tão completa e restritiva” como a do Brasil.

“Somos um dos países que mais preservam o meio ambiente e suas florestas. Temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para pecuária e agricultura, somos uma potência agrícola sustentável. Não necessitamos da região amazônica para expandir nosso agronegócio. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, disse.

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Apesar da declaração do presidente, o país registrou recorde no número de desmatamento nos últimos meses. As áreas com alertas de desmatamento na Amazônia alcançaram um recorde no histórico recente do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), para o mês de abril. De acordo com os dados divulgados, foram derrubados 1.012,5 km² de floresta.

No entanto, o chefe do Executivo afirmou que o governo federal reforçou o combate ao desmatamento.

“Nossos desafios são proporcionais ao nosso tamanho. Lembro que a área da região amazônica equivale a toda a Europa Ocidental. Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa e restritiva. Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. Afinal, somos responsáveis pela emissão de menos de 3% de carbono do planeta, mesmo sendo a décima economia do mundo. Para proteção das florestas, o governo federal reforçou o combate ao desmatamento e estabeleceu a operação ‘guardiões do bioma Amazônia’, sob a coordenação e controle do Ministério da Justiça. Com o lançamento do programa metano zero, fomos o primeiro país a implementar compromissos assumidos durante a COP26”, completou.

A Cúpula das Américas encerra os discursos nesta sexta-feira. Durante a passagem pelo evento,o presidente teve o primeiro encontro bilateral com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Na ocasião, ele defendeu a realização de “eleições auditáveis e confiáveis” e disse que “se for deixar o governo, será de forma democrática”.

Ele completou a afirmação e disse que: “Precisamos aprofundar nosso relacionamento. Serão oito anos com o presidente Biden”. Com essa declaração, ele pressupôs que vencerá as eleições deste ano, embora as pesquisas apontem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da corrida presidencial até o momento.

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