A prevalência da doença de Parkinson dobrou nos últimos 25 anos, com estimativas globais em 2019, último registro atualizado, mostrando que mais de 8,5 milhões de indivíduos vivem com a doença no mundo, segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado nesta terça-feira (14).
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A doença de Parkinson é uma condição degenerativa do cérebro associada a sintomas motores, tremores, rigidez, como movimentos lentos e desequilíbrio, além de uma ampla variedade de complicações não motora, como perda de autonomia, alterações do sono, dores e outros distúrbios sensoriais.
O aumento desses sintomas e as complicações diminui significativamente a qualidade de vida dos pacientes e resulta em altas taxas de incapacidade e necessidades de cuidados. O principal fator de risco para a doença é o avanço da idade, embora pessoas mais jovens também possam ser afetadas.
A OMS destaca que, apesar do impacto significativo do Parkinson, há uma desigualdade global na disponibilidade de recursos para o manejo da doença, com carências principalmente em países de baixa e média renda.
De acordo com a organização, a dificuldade para estimar a prevalência da doença está associada a barreiras financeiras e geográficas aos cuidados de saúde, subnotificação de casos, diagnóstico incorreto e falta de consciência sobre o Parkinson. Outro problema está relacionado a percepções incorretas sobre a doença, como impactos motores e físicos, faz parte do envelhecimento “normal”.
Os dados inconsistentes tornam difícil estimar o impacto global do Parkinson com precisão. As estimativas atuais sugerem que, em 2019, a condição resultou em 5,8 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade, um aumento de 81% desde 2000, e causou 329 mil mortes, um aumento de mais de 100% desde 2000.
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