Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (15) que Dom Phillips era “malvisto” na Amazônia e deveria ter “redobrado a atenção” enquanto estava na área. O jornalista inglês, que cobria a situação ambiental no norte do Brasil, desapareceu há 10 dias na região da Terra Indígena Vale do Javari, assim como o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira.

"Esse inglês era malvisto na região porque ele fazia muita matéria contra garimpeiro, questão ambiental. Aquela região lá, região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Tinha que ter mais do que redobrado a atenção para consigo próprio. E resolveu fazer uma excursão", disse o presidente da República em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle.

Leia mais: Polícia Federal leva suspeito a local do desaparecimento de jornalista e indigenista

Câmara dos Deputados aprova projeto que limita a cobrança do ICMS sobre combustíveis

Bolsonaro também apontou que "alguém viu (Phillip) e foi atrás dele. Lá tem pirata no rio, tem tudo o que se possa imaginar lá. É muito temerário você andar naquela região sem estar devidamente preparado fisicamente e também com armamento, devidamente autorizado pela Funai. Pelo que parece, não estavam".

Mais cedo, Boris Johnson alegou estar “profundamente preocupado com o que pode ter acontecido” com os dois. “O que dissemos aos brasileiros é que estamos prontos para dar todo o suporte que eles precisarem”, completou o primeiro-ministro do Reino Unido.