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PF confirma que Amarildo confessou envolvimento em morte de indigenista e jornalista; barco foi afundado

Em coletiva, superintendente da PF no Amazonas explicou investigação e contou que confissão ajudou policiais encontrarem restos humanos no local


15/06/2022 21h15

O superintendente da Polícia Federal do Amazonas Eduardo Alexandre Fontes confirmou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15), que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou envolvimento no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

Pelado foi preso pelas autoridades na semana passado e levado aos locais de buscas na tarde de hoje. Ele indicou a localização de onde restos humanos foram encontrados pela Polícia Federal. O material será submetido a perícia. O crime aconteceu 3,1 quilômetros mata adentro e, de acordo com as equipes, um local de difícil acesso

Fontes contou que equipes fizeram uma reconstituição do caso. Além de cometer o crime, os suspeitos afundaram a embarcação de maneira proposital para dificultar o trabalho das autoridades. Ele explicou que o veículo será trazido amanhã.

Apenas com a confissão do crime por parte de Pelado foi possível encontrar o local onde os restos humanos foram encontrados pelos policiais.

Leia também: Ministro da Justiça diz que morte de Genivaldo dos Santos “é caso isolado”

Mesmo com a confissão do crime e as prisões de Pelado e seu irmão Oseney da Costa Oliveira, que foi preso na noite da última terça (14), as investigações continuam, pois há suspeitas do envolvimento de outra pessoa. Segundo Amarildo, uma terceira pessoa efetuou os tiros contra os dois.

O superintendente ainda disse que é necessário esclarecer os motivos pelo qual motivo o crime foi cometido. Ele não divulgou todas as informações das apurações, pois afirmou que há muita coisa sigilosa no trabalho.

Bruno e Phillips desapareceram no último domingo (5) na região do Vale do Javari, zona oeste do Amazonas. Eles sumiram em Atalaia do Norte, próximo à Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. A reserva é palco de conflitos como o tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo ilegal.

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