Univaja contesta versão da PF e diz que suspeitos pelas mortes de Dom e Bruno integram organização criminosa
Polícia Federal afirmou que investigações apontam que não houve participação de organização criminosa ou de um possível mandante por trás dos assassinatos
17/06/2022 18h34
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou nesta sexta-feira (17), a versão da Polícia Federal (PF) sobre as investigações do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Segundo a instituição, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira e Oseney da Costa Oliveira, integram uma organização criminosa
A Polícia Federal (PF) disse nesta sexta-feira (17) que investigações apontam que não houve participação de organização criminosa ou de um possível mandante por trás da morte do indigenista e do jornalista.
Leia mais: PF diz que não há mandante por trás da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips
No entanto, a Univaja afirma que a PF "desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021, que apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari, do qual 'Pelado' e 'Do Santo' fazem parte", destacou em nota.
O texto diz ainda que "o grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito em ofícios enviados ao MPF (Ministério Público Federal), à PF e à Funai (Fundação Nacional do Índio). Descrevemos nomes dos invasores, membros da organização criminosa, seus métodos de atuação, como entram e como saem da terra indígena, os ilícitos que levam, os tipos de embarcações que utilizam em suas atividades ilegais".
Os irmãos Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado” e Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, "Dos Santos", foram presos por participarem do crime.
"Pelado" confessou o crime na quarta (15). Ele foi preso pelas autoridades na semana passada. A Polícia Federal investiga cinco pessoas envolvidas no assassinato, de acordo com a corporação, três suspeitos têm envolvimento direto na morte de Bruno e Phillips. Além de Pelado e Oseney de Oliveira, outra pessoa também participou do crime.
"As autoridades competentes, responsáveis pela proteção territorial e de nossas vidas, têm ignorado nossas denúncias, minimizando os danos, mesmo após os assassinatos de nossos parceiros, Pereira e Phillips", completou a nota da Unijava.
Leia também: Dom Phillips e Bruno Araújo: Relembre cronologia do caso
REDES SOCIAIS