Morreu neste sábado (18), aos 90 anos, o pianista Gilberto Tinetti. Músico com imenso repertório, desenvolveu também uma linda trajetória como professor de gerações de intérpretes aqui no Brasil.

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Gilberto Tinetti nasceu em São Paulo, em 6 de abril de 1932. Começou a estudar piano aos 10 anos, com Josephina De Felice. Mais tarde tornou-se aluno de Hans Bruch, que o apresentou a Magdalena Tagliaferro, com quem Tinetti estudou em Paris, entre 1957 e 1959.

Na Europa venceu o Concurso da Academia Internacional de Verão do Mozarteum de Salzburgo, na Áustria, quando tocou o Concerto n. 1 para piano de Brahms. Em 1970, em Paris, tocou ao lado da Orquestra Filarmônica da Rádio e Televisão Francesa, sob a regência de Jean Fournet, o Concerto no.4 para piano e orquestra de Villa Lobos. Foi professor e diretor artístico do Seminário de Música Pró Arte de São Paulo, fundado por Koellreutter e entre 1980 a 2002, dirigiu o Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Em 1986 foi convidado pela direção da Cultura FM para apresentar a série “A Arte de Magdalena Tagliaferro”, em homenagem à sua professora que havia falecido naquele ano.

Depois, em 1987, passou a integrar o quadro de apresentadores da Rádio, com o programa diário “Teclado” e com séries semanais dedicadas a integral de obras para piano. Em 1996, o programa “Teclado” passou por algumas mudanças e passou a se chamar “Pianíssimo”, atração que Gilberto Tinetti apresentou na Cultura FM até dezembro de 2019.

Em sua homenagem, a Cultura FM reapresenta hoje (19), um especial às 20h o documentário “Gilberto Tinetti - Elegância e Sensibilidade de um Mestre” conduzido pelo também pianista e professor Eduardo Monteiro e traz trechos de entrevistas que Gilberto Tinetti concedeu a programas como “Supertônica” (em 2012), de Arrigo barnabé; “Intérprete” (em 2014), série de programas apresentadas pelo maestro Jamil Maluf e “Radio Metrópolis” (em 2017).

O especial conta com depoimentos do maestro Julio Medaglia, da pianista Eudóxia de Barros, da cantora Adriana Clis e do crítico musical João Marcos Coelho.

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