PGR quer ouvir ex-presidentes da Petrobras e do Banco do Brasil sobre suposta interferência de Bolsonaro
Roberto Castello Branco disse que há mensagens e áudios que podem incriminar Bolsonaro por suposta interferência na Petrobras
04/07/2022 16h45
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (4) com o objetivo de colher o depoimento de Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, sobre uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) dentro da estatal.
No pedido, Lindôra Araújo, vice-procuradora geral, também pediu que Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, também seja ouvido.
A PGR se manifestou após ordem do ministro Luís Roberto Barroso, que é relator de um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) para investigar uma troca de mensagens entre Castello Branco e Novaes em um grupo.
Castello Branco afirmou que seu celular corporativo tinha mensagens e áudios que podem incriminar Bolsonaro. Porém, não foi especifico sobre os crimes.
Leia também: Brasília terá internet 5G a partir da próxima quarta (6) e será 1ª cidade brasileira com a tecnologia
"Se eu quisesse atacar o Bolsonaro, não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas (Petrobras), sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles (convites) e, quando falo, procuro evitar ataques”, disse Castello Branco para Novaes.
Diante desse cenário, a PGR quer esclarecer o histórico de contato com o ex-presidente da estatal, a natureza da conversa travada e os supostos fatos e tipos de delitos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado.
REDES SOCIAIS