O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentou nesta quinta-feira (14) durante audiência pública no Senado Federal, uma proposta de votação paralela no dia da eleição com cédulas de papel.
A audiência foi convocada pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE). Nogueira recomendou ainda testes de integridade das urnas no momento da votação, teste público de segurança nas urnas do modelo 2020. O ministro afirma que a medida funcionaria como um teste de segurança das urnas eletrônicas.
“A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral”, disse.
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“O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas”, completou.
O ministro ainda afirmou que não existe “viés político” nas recomendações das Forças Armadas ao TSE. As recomendações das Forças Armadas vão de encontro com o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao sistema eleitoral.
"Nós, quando somos chamados a alguma missão, a dedicação é exclusiva, a gente vai fundo. Não queremos protagonismo. Jamais seremos revisores de eleições. Tudo que a gente tem feito é seguindo as resoluções do TSE. Talvez pela tradição, pela história que as Forças Armadas têm, pelo fato de terem se engajado mais fortemente nesse convite, talvez dê a impressão de que somos protagonistas. O protagonista é o TSE, é o povo, é a transparência e a segurança que a gente quer”, destacou Nogueira.
O mandatário já disse, em diversas ocasiões, que as urnas não são seguras, o que foi posteriormente desmentido pelo TSE, que atestou a segurança do sistema eleitoral.
Nesta quinta-feira (14), em discurso na cidade de Imperatriz, no Maranhão, o presidente voltou a fazer críticas ao presidente do TSE, Edson Fachin.
“As Forças Armadas levantaram centenas de vulnerabilidades e apresentaram sugestões, e o ministro Fachin não quer aceitar as sugestões. A essência da democracia é o voto contado e não um voto dentro de uma urna eletrônica, que vem causando dúvidas há muito tempo”, disse Bolsonaro.
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