Notícias

Diversidade no secretariado: Saiba o que os pré-candidatos ao governo de SP falaram sobre o tema

Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia detalharam as propostas no programa Roda Viva


18/07/2022 17h46

No programa Roda Viva, os pré-candidatos ao governo de São Paulo: Fernando Haddad (PT); Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), falaram sobre diversos temas e também apresentaram propostas.

Um dos assuntos tratados pelos três políticos foi a diversidade na política. Os entrevistados falaram ainda sobre a possibilidade da participação feminina em suas chapas, caso sejam eleitos.

Em 2014, foram escolhidas 190 mulheres para assumir os cargos em disputa nas eleições gerais, o que equivale a 11,10% do total de 1.711 candidatos eleitos. Já no último pleito, em 2018, as 290 eleitas correspondiam a 16,20%, um crescimento de 5,10% com relação à eleição anterior. Foram 1.790 escolhidas.

Em São Paulo, o retrospecto não é muito favorável. Em 2018, os paulistanos escolheram somente 11 mulheres para compor a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que é formada por 94 deputados estaduais.

A Alesp é majoritariamente formada por homens (81%) e brancos (88%). Dentre os 94 deputados estaduais eleitos, apenas 5 se autodeclararam pretos nas eleições 2018. Eles foram apenas 5% dos eleitos em 2018.

Os últimos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgados na última sexta (15), mostram que o Brasil tem 156,4 milhões de eleitores que estão aptos a votar nas eleições de outubro deste ano, número recorde na história eleitoral do país. São 9,1 milhões de eleitores a mais que em 2018, um aumento de 6,21%.

Segundo os dados do TSE, a maior parte do eleitorado é formada por mulheres, são 82,3 milhões de eleitoras, o percentual é 52,65% do total. Os homens são 74 milhões (47,33%). Mesmo sendo a maioria, a escolha de mulheres ainda é baixa entre os eleitores.

Veja o que os pré-candidatos falaram sobre diversidade no secretariado:

Fernando Haddad (PT):

“Nós estamos discutindo uma meta que deixe claro as nossas intenções. Nós não temos tempo, o tempo está esgotado, já passou da hora da gente assumir compromisso em relação a questão racial e a questão de gênero. Fizemos isso nas universidades, eu fiz isso como ministro e prefeito de São Paulo. Está na hora de aumentar a representação. Pretendo fixar um percentual, mas agora não queremos nos comprometer com uma coisa e não cumprir. Se for paridade, vai ser paridade. Nos comprometemos com isso oficialmente. Nós queremos um secretariado, a direção do governo tem que ser representativa”, disse.

Tarcísio de Freitas (Republicanos):

“Desde que eu tenha os perfis adequados seria muito bem-vindo. Eu adoraria. Pretendo, sim. Mas é muito difícil se comprometer com metas. A gente avança com oportunidades, combatendo o racismo estrutural, desde a base, para que essas pessoas possam chegar em posição de destaque. O Brasil tem adotado ferramentas de combate ao racismo, isso tem proporcionado ascensão de quadros. Vou ficar muito feliz de ter secretários negros no governo”, afirma.

Rodrigo Garcia (PSDB):

“Eu só não me comprometo como aplico isso no meu dia a dia. Eu só não pretendo fazer isso como já faço. Acho isso fundamental, precisamos dar oportunidades e estimular que esses espaços de poder sejam ocupados, seja por mulheres ou seja pela questão racial. O Brasil é isso, os governos devem refletir o que nós somos enquanto sociedade é isso que eu procuro fazer. Hoje, a gente tem em cargo de gestão do estado o percentual maior do que a população feminina, quase 60% de mulheres no cargo de direção. É só assim que você representa verdadeiramente as aspirações de uma sociedade, ressalta.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Boiadas passaram por onde deveria passar proteção”, diz Marina Silva

Covid-19: Brasil registra 32.715 casos em 24h e média móvel segue em tendência de queda

Lula fará primeira reunião com governadores em 27 de janeiro

Marina Silva assume Ministério do Meio Ambiente pela segunda vez

Imposto de Renda: Tabela de cálculo não é totalmente corrigida pela inflação há 27 anos