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Após declaração de Bolsonaro, ministro Luiz Fux reitera confiança do processo eleitoral

A embaixadores, presidente criticou ministros e ataca urnas eletrônicas


19/07/2022 15h28

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), reiterou nesta terça-feira (19) a confiança no processo eleitoral brasileiro. Fux se reuniu hoje por videoconferência com o ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As informações do encontro foram divulgadas pelo STF. A declaração de Luiz Fux ocorre após o presidente Jair Bolsonaro ter atacado as urnas eletrônicas durante um encontro com embaixadores.

"Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas", disse o TSE.

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"A Fachin, o ministro Fux reiterou confiança total na higidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE", acrescentou o STF.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar os ministros do TSE e colocar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. A declaração aconteceu durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países nesta segunda-feira (18).

Os argumentos apresentados pelo presidente já foram desmentidos por órgãos oficiais, principalmente pelo TSE, que já atestou a segurança das eleições e do sistema eleitoral.

"Nem um sistema informatizado pode dar garantia de 100% de segurança. As Forças Armadas, das quais sou comandante supremo: ninguém mais do que nos quer estabilidade em nosso país”, argumentou o mandatário.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou a integridade do sistema eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas. Sem citar nominalmente o presidente, o ministro disse que o debate político atual "tem sido achatado por narrativas nocivas que tensionam o espaço social".

"É hora de dizer basta à desinformação. É hora também de dizer não ao populismo autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988”, disse ontem.

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