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Tecnologia promove redução de desperdício e de custos para restaurantes

Em entrevista à TV Cultura, startups explicam como utilizam esses mecanismos para reduzir esse quadro no país


01/08/2022 10h09

Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em fevereiro de 2022, mostra que o Brasil desperdiça, por ano, cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos em todo território nacional. Estima-se que 80% desse desperdício acontece no manuseio, transporte e centrais de abastecimento.

Algumas startups possuem um modelo de negócio que ajuda a reduzir esse quadro. Exemplo disso é a Frubana, uma plataforma de e-commerce que entrega para os restaurantes da América Latina tudo que eles precisam para operar. Por meio de tecnologia própria e inteligência de dados, a empresa consegue reduzir, nas cidades onde atua, para menos de 1% o desperdício na sua operação.

“Então entre o produtor ou a indústria que produz esse alimento, e o restaurante que vende, existe uma cadeia de distribuição muito ineficiente. A diferença de mercado é mais ou menos 17% de desperdício entre a produção e o consumo” relata Antonio Capezzoto, gerente de expansão e pessoas da Frubana.

“A ideia é, a gente conseguindo prever a demanda que vamos precisar, ou seja, comprar na medida justa e operando bem entre os nossos galpões próprios, a gente recebe os produtos, separamos eles e entregamos com nossos veículos para o cliente”, continua o gerente.

Capezzoto também explica que é possível identificar pelo perfil do restaurante cadastrado o que ele mais pede e as quantidades, isso colabora para que eles não comprem mais insumos do que é necessário. Por terem tudo em estoque e tecnologia própria de roteirização, conseguem entregar as mercadorias mais rápido para os restaurantes.

“Produtos ainda bons mas que não estão mais no nosso padrão de venda, conseguimos doar boa parte deles e com isso temos poucos desperdícios. No mês de maio, conseguimos doar 71 toneladas desses produtos, em São Paulo a principal é a Mesa Brasil, mas tem várias em todas as cidades”, conclui ele.

Reprodução/ Instagram @frubanabrasil

A empresa BeGreen também conta com a tecnologia para produção de alimentos, é a primeira fazenda urbana da América Latina. A startup produz hortaliças em cima de shoppings centers e vende para os restaurantes do próprio local.

O fundador e CEO da BeGreen, Giuliano Bittencourt, explica que com ajuda da tecnologia a startup consegue controlar 100% da produção nas fazendas. “Nossas fazendas são totalmente automatizadas sendo 28 vezes mais produtivas por metro quadrado do que um produtor convencional. Além de consumir 90% menos água do que esse mesmo produtor e ser totalmente livres de agrotóxicos”.

Além dos shoppings, a BeGreen está presente na Mercedes-Benz, e é a primeira fazenda urbana do mundo a funcionar dentro de uma fábrica de veículos; e na sede do Ifood, que contribui para a alimentação de três mil famílias cadastradas no Banco de Alimentos de Osasco. A startup também entrega os alimentos para o refeitório de ambos.

A tecnologia que a empresa desenvolveu permite a nutrição dos alimentos e evita a perda de hortaliças. “A gente controla nove variáveis de cultivo, como a temperatura de qualidade por exemplo, e assim a gente consegue ser mais produtivo por metro quadrado do que o produtor convencional reduzindo drasticamente as perdas”.

Segundo o fundador, já foram doadas 100 toneladas de hortaliças desde o início da startup. A BeGreen também promove a experiência de visitar uma fazenda urbana e mostrar para adultos e crianças todo o processo produtivo.

Divulgação

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