Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

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Reprodução/ instagram @veramagalhaesjornalista
Reprodução/ instagram @veramagalhaesjornalista

A jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, irá processar o pastor Silas Malafais por ter divulgado mentiras nas redes sociais sobre seu salário. Em uma publicação na última segunda-feira (29), o religioso afirmou que ela recebe R$ 500 mil por ano do governo de São Paulo. A remuneração, segundo ele, não seria apenas pelo seu trabalho, mas também para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Entendeu? Doria começou a bancar a jornalista que ataca o presidente em todo o tempo”, escreveu Malafaia em seu twitter.


O salário de Magalhães não é esse. No ano passado, a própria jornalista divulgou a remuneração, que é de R$ 22 mil, cerca de R$ 260 mil por ano.

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Além disso, o salário da apresentadora não é paga pelo governo do Estado de São Paulo. A Fundação Padre Anchieta, que administra a TV Cultura, é custeada por dotações orçamentárias estabelecidas pela Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelos deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo, e por recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada.

Vale destacar também que a Fundação Padre Anchieta tem total autonomia para gerir o dinheiro vindo da LOA e da iniciativa privada.

“O senhor [Malafaia] vai levar um processo e ter de provar que eu ganho 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe”, publicou a jornalista.


Procurado, Malafaia admite que errou no valor da remuneração, mas insiste que ela foi contratada pelo governo de João Doria. Além disso, acusou a jornalista de preconceito religioso.

Ataques de Bolsonaro contra Vera Magalhães

No debate presidencial realizado no último domingo (28), Vera Magalhães questionou o candidato Ciro Gomes (PDT) sobre a cobertura vacinal do país, e afirmou que houve falta de informação sobre as vacinas contra a Covid-19, que foram propagadas pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O presidente começou a resposta com um ataque à jornalista e se esquivou da resposta. "Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse.

As candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke usaram tempo de suas respectivas respostas para se solidalizar com a jornalista.

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