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Bolsonaro volta a falar sobre investigação contra empresários: “Me bote no inquérito”

Empresários bolsonaristas são investigados por defenderem um eventual golpe


30/08/2022 19h10

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga empresários bolsonaristas que defenderem um eventual golpe de Estado. O mandatário ironizou a decisão. A declaração aconteceu durante sabatina organizada pelo Instituto União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com candidatos à Presidência da República.

“É inacreditável o que está acontecendo no Brasil. Coisa absurda sobre oito empresários. Me bote no inquérito porque dois eu tinha contato. O momento não é de a gente ficar quieto, é cada um fazer a sua parte, não aceitar, reclamando, apontando os problemas. É inacreditável o que está acontecendo no Brasil”, afirmou.

"O momento não é de a gente ficar quieto, 'ah, não é comigo, vou ficar quieto', é de cada um fazer a sua parte, não aceitar reclamando, apontando os problemas. É inacreditável o que está acontecendo no Brasil", acrescentou.

O ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF cumprisse mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários bolsonaristas. Eles são alvos da operação por enviarem mensagens que estimulariam um suposto golpe de Estado em um grupo do WhatsApp.

Além da busca e apreensão, o magistrado determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como o bloqueio das contas dos envolvidos nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.

Oito nomes estão sendo investigados: Luciano Hang, dona da Havan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Afrânio Barreira, proprietário do Coco Bambu; Marco Aurélio Raymundo, o 'Morongo', da Mormaii; Ivan Wrobel, sócio da W3 Engenharia; José Isaque Peres, empresário e economista; Luiz André Tissot, da Sierra Móveis e Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa.

O mandatário também citou o caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

“Quando vimos um deputado ser preso por nove anos. Falou besteira, falou? Nove anos de cadeia? Homicídio começa com 6 anos. Liberdade é algo sagrado pra nós”, completou.

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