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Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

Faltando poucos dias para o bicentenário da independência do Brasil, o Estação Livre desta sexta-feira (2) discutiu como esse momento histórico foi construído e novos pontos de vista sobre a data.

Um dos destaques do programa foi a exposição “O Sequestro da Independência”, que mostra como essa data foi manipulada ao longo dos anos pela monarquia.

“[A data] foi uma construção monárquica, que tem a mão de Dom Pedro I e estava com a popularidade baixa. A partir desse contexto, ele pretende recuperar. Então, a primeira pessoa que fala do 7 de setembro é Pedro I e visa dar um protagonismo ao Imperador”, explica a historiadora Lilian Schwartz.

A historiadora ainda explica como Pedro Américo, o pintor do quadro “Independência ou Morte”, sabia que o conteúdo da obra de arte era impreciso.

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Ainda segundo a historiadora, uma das maiores distorções sobre o 7 de setembro aconteceu durante a Ditadura Militar, quando aconteceu a celebração dos 150 anos de independência. O governo da época colocou Dom Pedro I como um chefe militar, algo que nunca aconteceu.

“Eles passam a exaltar a festa do 7 de setembro, não como se fosse uma festa civil e nacional, mas como se fosse uma festa militar. Dom Pedro é convertido num chefe militar”, diz. 

Assista a reportagem completa: 


O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura.

Assista ao programa na íntegra: