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Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Buenos Aires e de outras cidades argentinas na última sexta-feira (02) em repúdio a um atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pelo fim da acentuada polarização política e contra o discurso de ódio.

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Com cartazes que diziam "chega de ódio", manifestantes lotaram a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, em um dos maiores protestos realizados em Buenos Aires nos últimos anos.

Cristina, que lidera a corrente de centro-esquerda do peronismo e foi presidente por dois mandatos, entre 2007 e 2015, foi alvo de uma tentativa de assassinato na noite de quinta-feira, num momento de tensão politica no pais. Um homem, de nacionalidade brasileira, apontou uma arma para o rosto da política e atirou, mas não houve disparo, segundo a polícia, a arma falhou.

Ministros do governo, sindicalistas, artistas e membros de organizações de direitos humanos fizeram "um chamado à unidade nacional" a partir de um palco montado na Praça de Maio, diante das dezenas de milhares de manifestantes.

"O povo argentino está comovido, chocado com o que aconteceu, incluindo milhões que não simpatizam com Cristina ou com o peronismo. Em homenagem a todos os nossos compatriotas, fazemos este apelo à unidade nacional, mas não a qualquer preço: o ódio fora", disse a presidente da Associação Argentina de Atores, Alejandra Darín, ao ler um texto no palco.

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