Maioria dos chilenos rejeita proposta de nova Constituição, votada em plebiscito
Texto visava um novo catálogo de direitos sociais em termos de saúde, aborto, educação e previdência
05/09/2022 08h34
Os chilenos votaram em plebiscito, no último domingo (4), a proposta de nova Constituição, que foi rejeitada por 62% do público. Dessa forma, a Carta continua em vigor no país desde a época da ditadura de Augusto Pinochet.
O texto, promulgado em 1980, é a base para políticas econômicas tidas como liberais. Segundo ele, o Estado tem que “contribuir para criar as condições sociais” , mas não pode participar de qualquer atividade empresarial.
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O projeto proposto, que foi derrotado, descrevia o Chile como um “Estado social e democrático de direito”, que deve disponibilizar bens e serviços para assegurar os direitos da população.
Além disso, a proposta pretendia implementar um novo catálogo de direitos sociais em termos de saúde, aborto, educação e previdência, com ênfase ambiental e “plurinacionalidade” indígena.
O percentual da votação (62% a 32%) representou uma diferença de placar bem acima das previsões das pesquisas realizadas. Mais de 15 milhões de chilenos votaram a nova proposta.
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O atual presidente do país, Gabriel Boric, defende a nova Constituição e disse, antes da votação, que independentemente do resultado, pediria “unidade nacional" em um exercício com "mais democracia" para superar as fraturas sociais.
A ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, disse que, caso a opção pela rejeição vencesse, “as demandas dos chilenos não serão atendidas” e um novo processo deveria ser convocado.
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