Propagandas anti-petistas, que favorecem o presidente Jair Bolsonaro (PL), foram denunciadas à Justiça Eleitoral em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Os dados foram levantados entre os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
As artes dos outdoors seguem um padrão: de um lado, a foto do candidato à reeleição acompanha termos considerados positivos pelos autores, como por exemplo, "povo armado", "vida", "valores cristãos" e "liberdade".
Enquanto na outra metade do painel, uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou símbolos ligados ao comunismo — ideologia e movimento político, social e econômico com objetivo de estabelecer uma sociedade estruturada sob as ideias de igualitarismo, propriedade comum dos meios de produção e na ausência de classes sociais — são associados a termos como: "povo desarmado", "aborto", "ideologia de gênero" e "censura".
Os responsáveis pela instalação e os beneficiários da propaganda de partidos, coligações ou candidatos — se for comprovado que tinham conhecimento da iniciativa – podem ser obrigados a retirarem os painéis irregulares imediatamente e a pagarem multa de R$ 5 mil a R$ 15 mil. A Lei nº 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, veda a propaganda eleitoral em outdoors, inclusive nos eletrônicos.
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Os responsáveis pelas peças que foram identificados afirmam que costumam se organizar em grupos de redes sociais e promover "vaquinhas" para financiar os painéis. Alguns já foram filiados a partidos políticos. Os que ainda fazem parte dizem que eles foram encomendados de forma espontânea e não fazem parte de ação coordenada.
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